Coração

2450 quilómetros depois

Concretizei o velho sonho de fazer a costa basca de carro e de caminho ir ao Guggenheim de Bilbau. Vi as casinhas na encosta do Monte Urgull, em San Sebastian, e os casarões às risquinhas à beira do lago, em Hossegor. Fiquei sem fôlego de subir às montanhas sobre a praia mas também de ver os surfistas apanharem ondas encostados ao paredão de Ondarreta, sempre à espera que se raspassem todos na pedra, o que não aconteceu. Bebi sidra em tabernas barulhentas e disse “eskerrik asko” para agradecer. Comi pintxos e paninis, sangria e gaufres, antes de pagar 3,80€ por uma Coca-Cola em Biarritz. Vi os bunkers da Segunda Guerra Mundial espalhados pela Praia de La Piste, em Capbreton, monstros para proteger das bombas que o mar transformou numa espécie de rochedos, metade enterrados, metade cobertos por graffitis, uma daquelas coisas que nunca mais se esquece. Fiz quase 2500 quilómetros de carro, passei duas fronteiras num dia, túneis e túneis de quilómetros a atravessarem as montanhas por dentro e já estou aqui secretamente a desejar que o “agur” (adeus, em euskara) dito a San Sebastian seja na verdade um até já.

San Sebastian

Paisbasco12

Paisbasco06

Paisbasco16

Paisbasco08

Paisbasco05

Paisbasco15

Paisbasco13

Paisbasco04

Paisbasco09

Fotografias de Jorge Vieira.

Standard

5 thoughts on “2450 quilómetros depois

Deixe uma resposta para Lucinda Marques Cancelar resposta